Milhares de pessoas manifestaram-se, no domingo, 14, em Munique, em repúdio contra as organizações neonazis, cujos crimes estão no centro de um mediático julgamento que deveria arrancar ontem, quarta-feira, naquela cidade alemã.

Beate Zschaepe é a única sobrevivente da célula denominada Clandestinidade Nacional Socialista, à qual são imputados dez homicídios. Com ela, sentam-se no banco dos réus mais quatro indivíduos suspeitos de colaborarem com o grupo neonazi.

A procuradoria acusa o grupo de ter executado oito imigrantes turcos e um grego e de um atentado contra uma patrulha da polícia em que morreu uma agente alemã.

A célula está também implicada em assaltos a bancos e atentados à bomba. Todos estes crimes ocorreram entre 2000 e 2007, mas o caso só veio a lume em Novembro de 2011, altura em que se levantaram suspeitas sobre o papel dúbio dos serviços secretos do Estado, que infiltraram a célula e a apoiaram com armas e dinheiro.